Dica de filme para aumentar seu bem estar: The Prom (Festa de Formatura)

Dica de filme para aumentar seu bem estar: The Prom (Festa de Formatura)

 



Há quem não goste do jeito Rhyan Murphy de ser, que enxergue muito exagero em algumas das suas histórias, entre elas: Hollywood, Pose e Glee... Particularmente, acho este estilo do showrunner o maior barato e um alento para dias tão duros, extremos e radicais, dos quais, vivemos.


O autor tem uma facilidade de juntar temas difíceis, polêmicos e transformá-los em histórias leves, divertidas, deixando um olhar positivo e de que é possível mudar e ressignificar, sem muito "blá blá blá", as visões tacanhas e doutrinadoras que muitos tem do mundo.




Rhyan Murphy tem o talento de apresentar um mundo duro, pragmático, injusto, cruel e modificá-lo, tornando-o mais justo e fazendo dele uma grande festa de celebração à diversidade e aos direitos humanos.


Muitos que conhecem a sua obra, o consideram utópico e surreal, apontando ser impossível finais tão felizes, no mundo real, mas, o que consideram o seu maior defeito, julgo que, na realidade, seja um de seus maiores méritos, dentro das suas criações.


E é justamente isto que faz de The Prom (ou Festa de Formatura) um grande filme, dentro do gênero musical. A história é baseada na peça da Broadway que acompanha a história de uma estudante do ensino médio, no estado da Indiana (EUA), que é proibida de levar sua namorada para o seu baile de formatura e, ao tomarem conhecimento desta história, um grupo de teatro, parte para a cidade da jovem, com o intuito entrar na luta contra tal injustiça e, ao mesmo tempo, ganhar visibilidade na grande mídia.




O longa traz nomes como Meryl Strip e Nicole Kidman e vai descortinando a história com muita música, leveza e diversão, presenteando o espectador com cenas deliciosas, que na maioria das vezes, prendem a atenção do início ao fim, culminando na chegada do grand finale e deixando, assim, a marca de uma grande lição para a vida de qualquer pessoa que carregue consigo uma visão onde gays e héteros devem viver em mundos separados, sem se misturarem.


Apesar de ser um filme que defenda a diversidade e a liberdade de expressão, ele tem uma marca de leveza e simplicidade, conseguindo ser agradável e palatável, até mesmo para aqueles que se consideram mais tradicionais e defensores da moral e dos bons costumes, sem carregar consigo "grandes exageros", que poderiam se tornar uma grande desculpa, para uma possível acusação de imoralidade ou desrespeito...


Ao contrário disso, o longa dá um tapa, com luva de película, na cara do preconceito e de pré conceitos, com elegância, mostrando com suavidade, que todos nós carregamos conosco nossos telhados de vidro e que não nos compete julgar os que estão do nosso lado... 




Mostra ainda que é possível que olhares diferentes podem conviver em paz e com respeito, entendo cada um os próprios espaços, mantendo entre si, harmonia, consideração e colaboração, sendo possível construir, juntos, um mundo mais justo e melhor...


O longa tem seus defeitos e as vezes se mostra um pouco cansativo (uma enxugada de meia hora e algumas canções menos longas fariam a diferença para melhor) e em muitos momentos, esquecemos tratar-se de um filme, parecendo que estamos assistindo um episódio de Glee, por exemplo. Porém, no contexto geral, temos um filme gostoso, de qualidade, com ótimas perfomances e que merece ser visto e celebrado, fazendo jus a frase máxima do "cinema é a maior diversão".


Críticos céticos dirão se tratar de um filme que apresenta um sonho impossível de ser concretizado, enquanto pessoas como eu, com um olhar mais leve da vida, dirão: sonhos estão por aí para ser sonhados! E, em um mundo cada vez mais duro e cheio de vida dura e cruel em tempo real, obras como The Prom, são um sopro de alegria, fazendo-nos respirar melhor ante a tanta dureza que esbarra em nós, todos os dias. Imperdível!


Jansen Santos Sarmento da Silva - Doctoralia.com.br


Psicólogo Jansen Sarmento

CRP: 05/38624

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