Quando silenciar é preciso...
Silenciar é uma das tarefas mais difíceis para uma pessoa que tem como marca personal o discurso e a ampla convivência social. Também é dificultoso até mesmo para os mais introspectivos. Não é fácil se destacar do mundo, silenciar e, interiormente, se fazer ouvir. Há algumas décadas atrás o processo até era mais simples, mas, com o avanço da modernidade, internet, smartphones, etc, assumindo diversos papéis sociais (emocionais, afetivos e por aí se vai...), nos deixando extremamente dependentes, tal mecanismo reflexivo, para muitos, chega a beirar o impossível...
Parar para nos ouvir é complicado; são tantas as perguntas e questionamentos próprios... Questões importantes e decisivas brotam por nossos poros a todo instante; coisas do tipo: como decidir se aquele emprego que nos traz sustento e comodidade já não serve mais? Como aceitar que aquele namoro ou casamento de anos já chegou ao fim? Como aceitar que aquele amigo que se diz do peito te usa por seus próprios interesses e que não está nem aí para você quando a situação não o convém?
Como fazer para encarar de frente esses e outros assuntos? Como sair de terrenos que, apesar de nos ferir ou incomodar, já são tão conhecidos?
Por conta de tantas decisões que podem mudar drasticamente nossa vida social, profissional, amorosa, familiar, etc, preferimos não silenciar acabamos por levar uma vida mais ou menos, fazendo o máximo de barulho subjetivo possível, para não termos de enfrentar o desconhecido ou tomar uma decisão definitiva por meio do silêncio.
Por conta de tantas decisões que podem mudar drasticamente nossa vida social, profissional, amorosa, familiar, etc, preferimos não silenciar acabamos por levar uma vida mais ou menos, fazendo o máximo de barulho subjetivo possível, para não termos de enfrentar o desconhecido ou tomar uma decisão definitiva por meio do silêncio.
Bom, se alguém consegue viver bem com isso; deitar no final do seu dia e dormir tranquilamente, siga em frente! Mas, se a cada momento sentem que algo lhes incomoda e precisa ser mudado, está na hora de começar a refletir... Talvez seja o momento de silenciar para melhor conduzir suas vida e também se ouvirem.
O silêncio incomoda, é desconfortável, irritante e até mesmo decepcionante; pode ser corrosivo e doloroso, mas, também pode ser definidor e solucionador. Silenciar não é fácil, mas, é extremamente importante e os resultados podem ser desagradáveis; do tipo chatear aquela pessoa querida ou se chegar a conclusões que, certeiramente ou equivocadamente podem mudar os rumos em diversas esferas da nossas vidas, contudo, é um processo fundamental para a aquisição ou manutenção da saúde psicológica, do equilíbrio emocional e da continuidade ou não de um relacionamento. Portanto, nos momentos de necessidade é bom não dispensá-lo...
Busquem usá-lo com sabedoria e não como arma de vingança. Utilizem-no como objeto de reflexão para cresrcer como pessoa e não com finalidades que reforçam a imaturidade e fragilidade diante das relações humanas. Bem mais que prejudicial, o silêncio pode ser muito saudável e através dele podemos jogar pessoas desnecessárias da nossa vida fora ou resgatar aquela relação desgastada, que poderia estar fadada ao término e fracasso.
Lembrem-se: silenciar é preciso! Porém, a utilização do silêncio deve ser feita corretamente, com maturidade e sem infantilidade. Perguntando a si mesmos como fazer e estando dispostos a ouvirem essa voz, conseguirão tapar as arestas que precisam ser remendadas ou começar a quebrar os muros que precisam ser derrubados. Só dependem de vocês! Conforme foi dito antes, poderá ser doloroso, mas, em compensação, libertador. Nunca será fácil, mas, pode ser feito corretamente... Basta apenas disposição, desejo e coragem! E aí? Estão dispostos a fazer isso?
Jansen Sarmento
"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio e eis que a verdade se me revela." (Albert Einstein)