Uma das maiores dificuldades para quem planeja sua viagem é a escolha da hospedagem. São várias as dúvidas que surgem; não só em questão de preço, como também de comodidade: hotel, pousada, hostel (albergue), aluguel de casa ou quarto e por aí vai... É óbvio demais dizer que cada um tem de encontrar um tipo de hospedagem com sua própria cara e não dá para fugir da obviedade da resposta. Essa é uma questão que pode trazer experiências traumáticas a qualquer viajante, ao ponto de fazer com que o desejo de desbravar esse mundão de Deus se desmorone e, por conta disso, saber reconhecer seu próprio estilo de viajar e se hospedar é fundamental.
Neste momento vou me ater apenas aos hotéis (ou pousadas) e hostels (também chamados de albergues): teoricamente, os primeiros oferecem conforto e privacidade a um preço mais salgado, enquanto os segundos vendem o conceito interação entre os hóspedes, tendo como foco a possibilidade de novas amizades e da união de diferentes tribos e / ou nacionalidades, atraindo, em sua maioria, mochileiros ou viajantes solitários, propiciando, assim, um preço mais em conta, através de hospedagem em quartos compartilhados com outras pessoas.
Hostal Bueta - Madrid
Já tive a oportunidade de me hospedar em vários hostels e só guardei boas lembranças em todos pelos quais passei. Neles realmente economizei, fiz amizades, me diverti e em pouquíssimas vezes me senti sozinho; uma excelente experiência! Apesar de usufruído bastante dessa modalidade, atualmente esta não é mais meu tipo preferido de hospedagem... Adianto que não veria problema algum em me aventurar novamente num albergue, mas, confesso que, apesar de todos os benefícios que tive, num determinado momento, algo na vida festiva que os albergues proporcionam passaram a me incomodar e acabei descobrindo que essa minha fase já havia passado.
Adoro bagunça e amo estar em grupo, mas, o tempo me fez priorizar a individualidade e a busca por conforto passou a falar mais alto, levando-me, então a pensar em gastar uma quantia maior com hospedagens. Passou a não fazer mais parte dos meus planos o sono sendo atrapalhado no meio da noite por alguma pessoa, mesmo que silenciosa entrando no quarto, ouvir o ronco e conversa alheia; os os momentos de solidão (no bom sentido da palavra) passaram a ser priorizados. Foi aí que os hotéis passaram a ganhar minha simpatia e preferência.
Em albergues também existem quartos individuais, duplos ou triplos, não ficando restritos apenas a quartos com diversas camas a serem compartilhadas, contudo, dificilmente se encontrará nele o mesmo conforto que um quarto de hotel ou pousada (televisão, canais a cabo, frigobar, café da manhã mais elaborado, wi-fi, etc). A filosofia de um hostel é a interação entre pessoas e, por isso, comodidades que poderiam deixar o hóspede um tempo maior no seu aposento tendem a ser cortadas ou evitadas, pois, o que se pretende é trazer proximidade aos viajantes em suas áreas comuns, como sala de estar, bar, cozinha, etc.
Em albergues também existem quartos individuais, duplos ou triplos, não ficando restritos apenas a quartos com diversas camas a serem compartilhadas, contudo, dificilmente se encontrará nele o mesmo conforto que um quarto de hotel ou pousada (televisão, canais a cabo, frigobar, café da manhã mais elaborado, wi-fi, etc). A filosofia de um hostel é a interação entre pessoas e, por isso, comodidades que poderiam deixar o hóspede um tempo maior no seu aposento tendem a ser cortadas ou evitadas, pois, o que se pretende é trazer proximidade aos viajantes em suas áreas comuns, como sala de estar, bar, cozinha, etc.
Existe, ainda, um clima de festa quase sem fim e esse termômetro mais festeiro e despojado faz com que determinados hóspedes percam um pouco da noção (e também da educação), ocasionando, assim, muitos momentos de bagunça e barulheira. Já a economia financeira tão sonhada só acontece em quartos com camas compartilhadas, pois, os individuais, duplos ou triplos tem seu preço no mesmo patamar do que é praticado por hotéis de duas, três ou até mesmo quatro estrelas.
Hotel Sheraton da Bahia - Salvador
Ficar hospedado num hostel é uma experiência bastante válida e para uma pessoa que vai iniciar sua odisseia de viajar sozinho pode ser uma excelente opção, pois, a receptividade de um alberguista é enorme e dificilmente o viajante se sentirá sem companhia. Porém, mesmo para quem nunca viajou só e já tem por hábito seu período individual ou de silêncio, existe uma grande probabilidade da estadia não ser das mais agradáveis. Portanto, pese bem os fatos antes de decidir onde ficar. Por mais que seu interesse seja o de permanecer o menor tempo possível dentro de uma suíte e sua intenção seja a de usá-la somente para dormir, reflita sobre sua personalidade, seu estilo de vida e o que pode te incomodar ou não. Resolva esta questão pesando não só o quadro financeiro, como também os prazeres e dissabores que poderão acontecer em sua estadia.
Conseguindo conviver na folia, dividindo espaços numa boa, com gente que nunca viu, encarando tudo com muito bom humor e felicidade, não pense duas vezes: reserve uma cama no primeiro hostel bem cotado da cidade que pretende conhecer. Se essa não é a sua praia, esqueça a questão de custo maior e se hospede num hotel... Mas, fique tranquilo, se estiver no meio do caminho, entre a farra e a tranquilidade, assim como eu, reserve uma suíte confortável de hotel e usufrua bastante dos bares de albergues badalados, que tem a entrada liberada para qualquer pessoa; ali, aproveite a receptividade típica dos alberguistas, conheça muita gente interessante, aproveite o melhor da folia e depois que tudo acabar, é só partir para o seu quarto tranquilo, confortável, silencioso e dormir o sono dos justos.
Jansen Sarmento
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