Para refletir: BBB, Karol Conká e violência psicológica que invade as nossas casas sem pedir licença...

Para refletir: BBB, Karol Conká e a violência psicológica que invade a nossa casa sem pedir licença...


Karol Conká é uma das participantes da edição 21 BBB - Foto: GLOBO/JOÃO COTTA


Não sou espectador do programa Big Brother Brasil, nem de qualquer outro reality show... E justamente por não acompanhar e não ver com meus próprios olhos os acontecimentos na casa mais famosa do Brasil, não me sinto no direito de opinar diretamente sobre as polêmicas envolvendo a cantora e os demais integrantes.


Contudo, ao ler o posicionamento do escritor Fabrício Carpinejar sobre o assunto, decidi compartilhá-lo, pois, o que li foi uma excelente reflexão e um convite para olhar para dentro de nós mesmos, bem como das nossas próprias ações...




Nada justifica a violência psicológica ou verbal; nada justifica ofender e rebaixar o próximo; nada justifica a humilhação e execração! 


Por mais que haja algum motivo e o próximo não mereça o nosso convívio, uma vez que tomamos tais atitudes, jogamos por terra a nossa razão e nos tornamos tão abusivos e culpados, como qualquer outra pessoa de comportamento tóxico.




Lembre-se: não basta o discurso de empoderamento e de igualdade de direitos se não agimos da mesma maneira com o nosso próximo! Não basta exigir respeito, se não respeitamos quem está ao nosso redor! 


Leia abaixo o texto do escritor:


CANCELAR É POUCO


Se uma novela, que é fictícia, influencia a vida de milhões de brasileiros, a ponto de grande parte não diferenciar o ator do personagem na rua, o programa Big Brother Brasil, que é real, torna-se duplamente perigoso. 


Os abusos e a violência que Lucas vem tolerando podem passar a ideia distorcida de normalidade e incentivar exemplos de segregação. 


Não é normal alguém ser isolado. Não é normal alguém ser proibido de almoçar com o grupo. Não é normal alguém ser chamado de tudo o que é desaforo. Não é normal alguém ser atacado em qualquer canto da casa que se encontre. Não é normal alguém ser espantado quando tenta conversar. 


São manifestações de terrorismo psicológico e perseguição que devem ser interrompidas na hora. 


Ainda mais que toda casa é cúmplice e não intervém nas maldades da cantora Karol Conká.


A depender dos participantes, a tortura continuará. Na avaliação deles, a vítima é que está errada. 


Lucas Penteado não está interpretando um papel, sua dor é de carne e osso. 


Poeta, ator, trabalhador, deveria ser igual a todo mundo e também dono temporário daquele espaço e daquela audiência. 


Mas tem sido tratado como um cachorro doente e sarnento com a atenção negada na porta do mercado das ilusões, esmolando afeto, e sempre escorraçado e chutado para longe pelos clientes. 


Ninguém aguentaria ser humilhado e constrangido por horas consecutivas sem ter para onde ir, longe da família e dos amigos para poderem defendê-lo. 


Cabe entender que o sofrimento dele é pay-per-view, não dura somente um programa. Portanto, insuportável e inadmissível. 


O que estamos testemunhando é uma surra pública, uma agressão sem precedentes na televisão brasileira, um massacre de gangue feita por uma elite indiferente, egoísta e ambiciosa por R$ 1,5 milhão do prêmio. 


Já é motivo para gerar crise de pânico ou ansiedade, que se agrava no confinamento com a sua algoz. Não há como calcular as sequelas emocionais da cruel experiência. 


Se ele falhou ou não, nada justifica a maneira sistemática e covarde de insultos. Ultrapassou a esfera do bullying, é vítima de assédio social, da soberba truculenta, da injúria e difamação de seus colegas. 


Karol Conká não tem que ir ao paredão, não tem que conhecer a maior rejeição da história. Pode demorar muito levando em conta a complacência de seus aliados. E todo dia é um inferno para o Lucas. 


Cancelar também é pouco. Precisa ser sumariamente expulsa pela emissora devido ao mau comportamento. Seu desligamento nem é para evitar que o pior aconteça, o pior já aconteceu.


Fabrício Carpinejar 


Cada um de nós tem responsabilidades e deveres a serem cumpridos num meio social! Respeito é bom e todo mundo gosta! Fica a dica! Mais consideração e empatia, por favor! 


Jansen Santos Sarmento da Silva - Doctoralia.com.br


Psicólogo Jansen Sarmento

CRP: 05/38624

(21) 98337-2725

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