Priorize-se sempre, mas, sem perder a humanidade!

Priorize-se sempre, mas, sem perder a humanidade!


Foto: Blog Joaquim Ferreira dos Santos / O GLOBO 


Esta semana viralizou a notícia de um morador de rua que após um infarto fulminante, faleceu dentro de uma padaria no bairro de Ipanema, na Zona Sul carioca. Infelizmente, o estabelecimento continuou funcionando normalmente, com o corpo estirado no chão, coberto por um plástico preto, até a sua remoção.


Várias pessoas continuaram fazendo suas compras ou fazendo seu lanche, sem se importarem com aquele corpo que ali jazia... Uma das poucas pessoas que questionaram o por quê do estabelecimento não estar fechado, pelo menos até a chegada do rabecão para a retirada da pessoa recebeu a seguinte resposta:


Ninguém teve humanidade quando ele estava jogado na rua”, agora que morreu jogado na minha padaria querem que eu tenha humanidade.


A história recebeu uma bela reflexão num blog do jornal O Globo, intitulada de "No chão da padaria em Ipanema, o homem morto é o novo banal". E este caso acabou me trazendo uma reflexão acerca da decisão do proprietário em permitir que seu estabelecimento permanecesse funcionando e de como boa parte de nossa sociedade tem perdido seu espírito de solidariedade e sua sensibilidade: 


Essa resposta até pode fazer algum sentido, quando se olha somente para o próprio umbigo, contudo, me pergunto onde iremos parar com atitudes assim, esquecendo que o ser humano é, também, um ser social e que teve a sua construção subjetiva e psíquica ligada a uma vida ao redor de outras pessoas...


Infelizmente, o caso retrata o quanto parte da nossa sociedade adoeceu, em nome do próprio lucro, de suas ideologias e daquilo que acreditam ser verdade... Parte do povo brasileiro vem deixando de se colocar no lugar do outro, de olhar a vida com uma ótica mais leve, positiva e vem abandonando, principalmente, a reflexão.


É triste perceber que aquele povo alegre, bem quisto, solidário e de bem com a vida, que nós éramos, está perdendo, aos poucos, qualidades que nos faziam um povo tão único no mundo todo.


Espero, do fundo do coração, que isso seja uma fase e que possamos voltar a valorizar as qualidades que sempre fizeram do Brasil uma nação querida, admirada e amada e que sempre deixou a sua marca de felicidade, espontaneidade e bondade, registrada pelo mundo afora...


É preciso que nos coloquemos à frente, sim; é necessário que pensemos em nós mesmos; é essencial que nos valorizemos; é fundamental que tenhamos amor próprio, porém, é regra prioritária que tais valorizações não atropelem os direitos do nosso próximo, nem sejam insensíveis à dor e ao sofrimento do outro!


É possível priorizar a própria vida com empatia, humanidade e sensibilidade! E se caso você, que está lendo esta apresentação, não consegue vislumbrar isso, é sinal de que algo não vai bem e que precisa ser mudado em ti... Procure se tornar uma pessoa melhor, pois, a pessoa que mais ganha com isso, é você! Pensei nisso!


Façamos, cada um, sua própria parte, para resgatarmos a nossa grandeza! Uma nação mais humana, é também, mais feliz e saudável psicologicamente.


Obs: para saber mais sobre o caso, clique no link que inspirou este texto.



Psicólogo Jansen Sarnento

CRP: 05/38624

(21) 98337-2725

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