Deixe-se encher de esperança com a poesia de Bertolt Brecht.
Sem querer levantar qualquer bandeira, vivemos um período onde não conseguimos vislumbrar qualquer político que nos represente. Estamos num caos, onde uma parte considerável dos integrantes dos nossos três poderes não tem qualquer escrúpulos, honestidade, valores e sua única ideologia é a de satisfazer seus próprios interesses.
Mas, apesar de tanta nebulosidade, vez por outra enxergamos uma luz, lá longe, no final do túnel, o que nos faz acender uma centelha de esperança por dias melhores e, apesar parecer inacreditável, alguns poucos ainda conseguem se manter firmes, e seguem limpos ao meio do mar de lama que assola nossa política.
Além dessa minoria, demonstrando que nem tudo está perdido, também contemplamos alguns dessa extirpe começando a pagar por seus erros. Isso acontece lentamente, com anos de atraso, mas, não deixa de ser um vislumbre de novos tempos que estão por vir! Sendo assim, nada melhor deixarmo-nos levar pelo otimismo, esperança e acreditar na existência de luz no final do túnel...
Fiquemos, então com a belíssima poesia de Bertolt Brecher que nos inspira na crença de um futuro melhor! Um brinde aos novos tempos, que mesmo a pequenos passos, vão se se mostrando para nossa nação!
Jansen Sarmento
Elogio da dialética
A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros.Os dominadores se estabelecem por dez mil anos.Só a força os garante.Tudo ficará como está.Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.No mercado da exploração se diz em voz alta:Agora acaba de começar:E entre os oprimidos muitos dizem:Não se realizará jamais o que queremos!O que ainda vive não diga: jamais!O seguro não é seguro. Como está não ficará.Quando os dominadores falaremfalarão também os dominados.Quem se atreve a dizer: jamais?De quem depende a continuação desse domínio?De quem depende a sua destruição?Igualmente de nós.Os caídos que se levantem!Os que estão perdidos que lutem!Quem reconhece a situação como pode calar-se?Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.E o "hoje" nascerá do "jamais".
(Bertolt Brecht)
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