Westworld: a nova jóia da HBO?
Uma das minhas paixões são as séries de TV. Houve muitos momentos em que cheguei a deixar de sair para assistir a um episódio de uma série preferida. Confesso, também, que sou telespectador a moda antiga, daqueles que curtem assistir no dia e horário da grade da emissora e, quando perco o horário, deixo para assistir a reprise, evitando qualquer visualização na internet ou aplicativos de emissoras. Então, a partir daí, já dá para imaginar a dificuldade de vida social, nos meus momentos televisivos mais compulsivos.
A partir de um trabalho de reflexão sobre os prejuízos que vinha adquirindo com tal vício, fui jogando fora os excessos até que pudesse continuar com esse prazer de forma mais livre e natural (e, para minha felicidade, consegui). Fazem parte da minha programação pessoal: Game of Thrones, The Walking Dead, Scream, Sense 8, O Demolidor, Jéssica Jones, Stranger Things, American Horror History e Friends (da qual não canso de assistir as reprises do canal Warner, mesmo que dubladas).
Confesso que Game of Thrones é minha favorita e, agora que caminha para sua reta final, já começava a me sentir órfão, pois, ainda não conseguia vislumbrar nenhuma outra a sua altura. Mas, eis que, desde o dia 02/10, estreou a ótima e até o momento deliciosa, Westworld. A série que tem como um dos seus produtores J.J. Abraans, criador da cultuada (porém, com final pífio) Lost, nos conta a história do Parque Westworld, ambientado no Velho Oeste, onde pessoas ricas vão vivenciar todos os tipos de experiências e emoções, tendo a companhia de robôs criados à imagem e semelhança do homem.
A série é baseada no filme, de mesmo nome, que foi lançado no ano de 1973, sendo escrito e dirigido por Michael Crichton, famoso escritor americano, que tem em seu currículo livros como Congo, Esfera, Parque dos Dinossauros e o Mundo Perdido (que acabaram virando filmes de enorme sucesso).
A série nos entrega que algo aconteceu no programa de alguns dos robôs do parque, alterando, assim, suas percepções; esses androides, também chamados de anfitriões, começam a se dar conta de suas origens, relembrar histórias já vividas no parque, além de começarem a adquirir independência nos sentimentos.
Desde o primeiro episódio, os criadores entregam uma atmosfera de mistério, bem como vários caminhos super interessantes que podem ser percorridos na história. A começar pela descoberta dos anfitriões acerca de suas origens, passando pelas relações entre humanos e robôs, a soberania humana sobre os androides se esvaindo e por aí vai... Nestes três primeiros episódios, vi ação, suspense, drama, poesia, sendo apresentada ao público com uma maestria que, particularmente, há muito tempo não conseguia vislumbrar em outras produções.
Jansen Sarmento
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