Um brinde à imperfeição!
Quantas vezes não buscamos pela perfeição: corpo perfeito, emprego perfeito, família perfeita, amigos perfeitos, amores perfeitos. Tudo gira em torno da perfeição.
Ah, que doce engano...
Em nome do corpo perfeito, nos privamos de momentos de gula maravilhosos, em nome do emprego prefeito, acabamos não tirando o melhor de aprendizagem daquele local de trabalho que só sabemos reclamar, em nome da família perfeita somos rigorosos com os nossos parentes e familiares, tendendo a julgá-los, sem querer entender que, assim como nós, eles também erram.
Em nome do amigo perfeito exigimos tanto dos nossos e nos tornamos tão cruéis e impiedosos, se num determinado momento algum deles falha conosco e, em nome do amor perfeito, deixamos escapar a oportunidade de viver um possível grande amor, por achá-lo simples demais, por querermos sempre que a última bolacha do pacote apareça e nos carregue em um cavalo branco ou numa Ferrari conversível...
Como buscamos o perfeito e o impossível, achando que isso irá transformar nossas vidas e nos trazer a tão sonhada felicidade... Por que não nos damos conta de que essa busca seja tão vã? Por que não percebemos que as coisas simples e que, por várias vezes, consideramos tão imperfeitas, sendo facilmente esquecidas por nós, podem ser tão mais belas?
Que estejamos mais atentos na simplicidade das coisas. Que possamos enxergar o perfeito no imperfeito e o complexo no simples. Que não percamos oportunidades na crença ingênua, utópica e vazia que o mundo atual tenta entubar por nossa goela abaixo de que precisamos ser e estar do lado de gente perfeita.
Que busquemos sempre atingir o nosso melhor em tudo, mas, sem nos esquecermos de que somos sujeitos da imperfeição. Mesmo que não queiramos, erraremos e falharemos conosco e com nosso próximo, também. Portanto, sejam mais leves consigo e com os outros, aproveitem as coisas simples da vida e apreciem o imperfeito que reside em nós.
Jansen Sarmento
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